quinta-feira, 17 de julho de 2014

Nossa Existência no Contexto Universal

     Há poucos dias ouvi de uma senhora religiosa uma frase que dizia "todos temos nossa missão na Terra...". Isso me fez pensar, será verdade isto? Não falo de um ser humano em específico, mas sim de toda espécie, será que temos mesmo algum significado para o universo em toda sua grandiosidade? Ou somos somente uma obra do acaso habitando um pequeno planeta?
      Acredito que um pouco dos dois. Nascemos (fomos criados pela natureza) somente como fruto de uma evolução acontecida em determinadas condições ambientais, de caráter crucial para sermos quem somos. Perceba o seu "endereço" cosmológico, em meio às galáxias, aos sistemas estrelares, você é um pequeno ser de vida curta em um corpo girando em volta de algo maior. Desprezível não? Pois é, isso me assusta muito as vezes. As pessoas normalmente falam da grandiosidade do ser humano, de como o mundo é "nosso", esquecem-se que um indivíduo existe em uma escala de tempo bem curta para observar a grande dinâmica universal, tão curta que, muitas vezes, vê o universo em "câmera lenta", estático, ao olhar para o céu noturno, sendo assim, digo que não, não somos tão grandes como afirmamos, olhando como os olhos do tempo, porém temos algo a nosso favor...
     Apesar dos meus pesamentos, o diferencial da espécie (inteligência) é sem dúvidas o que pode nos colocar, de fato, na história do cosmos e quem sabe até nos eternizar, tornar a vida de um único ser importante e de certa forma, eterna. Quero falar de um fato curioso e interessante, primeiro pensemos, o tempo em que se mostra o corpo que vemos no céu depende da sua distância, pois a luz viaja a uma velocidade fixa no espaço, então o contrário é verdadeiro, o que veem da terra depende da distância que estão dela, em outras palavras, a luz refletida por nós, a todo momento, está viajando espaço à fora, ou seja, nossa história está escrita em formato luminoso e conforme aumenta-se a distância, volta-se no tempo, exemplificando, se um corpo celeste localizado em um raio de 66 milhões de anos-luz da Terra, se seus habitantes pudessem nos observar (supondo que haja tecnologia suficiente para tal) veriam os dinossauros caminhando sobre o chão! Um corpo a 15 anos-luz veria minha infância! 
      Enfim, seja qual for o destino dos homens, tendo significado ou não a existência de cada um, acho que é até uma questão opinião crê em alguma destas vertentes, o universo vai continuar, com ou sem homens, com suas leis, dimensões e intrigantes mistérios.    

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Mito e as Origens Científicas

Olá galerinha!
Neste primeiro texto venho trazendo uma reflexão acerca de um tema bastante interessante sobre as origens da ciência, o mito.
Tudo começou com pensamentos galera. Imagine determinado fenômeno natural acontecendo na antiguidade, como por exemplo um raio atingindo uma colina, instintivamente o homem tentaria compreender o que observara, mas como explicar? Como poderia o homem antigo desvendar tamanho mistério? As respostas para tais questões foram encontradas no mito! Divindades e lendas foram criadas para explicar o que era observado na natureza, inclusive para solucionar questionamentos sobre a origem do universo e do homem. Percebam quão importante foi o papel do mito para os antigos!
Então com o surgimento de alguns pensadores e o desenvolvimento da matemática, iniciou-se uma nova fase do conhecimento, onde a explicação para o fenômeno partiria de observações feitas do próprio fenômeno, surgiria enfim o empirismo. 
Notem que, apesar de ser uma forma básica e ainda imprecisa de gerar conhecimento, o empirismo rompeu com os ideais mitológicos, ou seja, o sobrenatural não explicava o natural! O que, pessoalmente, considero um dos momentos mais importantes da história científica. 
Vale a pena registrar também que foi o que podemos chamar de primeira separação entre religião e ciência, que ao contrário do que muitos ainda acreditam, ocorreu, como já foi dito, bem antes do surgimento do cristianismo. Séculos mais tarde já com a presença da igreja católica houve a chamada "mistificação" da ciência, onde a mesma passou a ser vista de uma forma misteriosa, mágica. Porém isto é assunto para outro texto!
Mas voltando ao mito me faço a seguinte pergunta, se este tentava explicar os fenômenos naturais, apesar de dispor de respostas não-naturais, não seria ele uma primeira forma de ciência?! Ora, vejam bem, para uma esfera em chamas cruzar os céus diariamente, era necessário que fosse guiada pela carruagem de um deus, de que outra forma seria possível? Como o oceano "infinito" poderia ser domado? E após a morte, para onde iríamos? O deuses existiam dentro de um contexto lógico que permitia satisfazer o homem! Não eram apenas criações banais, frutos de pensamentos sem sentido. Fato bem nítido ao se analisar a estrutura da relação entre os deuses e a personalidade própria de cada um.

Pois bem, espero que a ideia tenha ficado clara!
Valeu!